A Ilha Fantástica

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Mas afinal de contas, é um romance? Ou uma coletânea de crônicas? São contos que se complementam uns aos outros? Ou seria um livro de memórias? Em A ilha fantástica, Germano Almeida, escritor caboverdiano laureado com o Prêmio Camões, quebra paradigmas e constrói uma narrativa fluida e de leitura deliciosa que pouco parece se importar com as grades e as limitações dos gêneros. Vistas sob o ponto de vista de um narrador infantil, as histórias d’a ilha fantástica transitam entre o drama, o macabro, o humorístico e o terno. Resgatando práticas que remetem à oralidade, o autor, ao mesmo tempo que nos apresenta costumes, hábitos e especificidades de Boa Vista, uma das ilhas que compõem o arquipélago de Cabo Verde – e vale lembrar que se “Cabo Verde está no cu do mundo, Boa Vista está no cu de Cabo Verde”, como afirma o texto mais de uma vez. Mas, se assim é, como um universo aparentemente tão distante e específico pode interessar o leitor de realidades tão diversas? Fato é que a humanidade que explode das personagens da Vila registrada no livro ultrapassa em muito o folclórico, o regionalista ou o pitoresco, porque Germano Almeida, tal qual um pintor impressionista, com pinceladas delicadas e ágeis, constrói um vasto painel permeado por personagens cuja humanidade é universal. Vida, morte, sexo, miséria, tragédia, inocência, pureza, traição: não são esses temas que tocam os seres humanos de todos os tempos e de todos os lugares? Pois são esses e muitos outros que saem da Boa Vista almediana e encontram o leitor brasileiro que, agora, tem a oportunidade de usufruir dessa pérola da literatura em Língua Portuguesa.