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Desde Seus Primeiros Textos Clarice Lispector Anuncia um Brilhante Projeto Literário. Água Viva, Publicado em 1973, Adensa o Processo Característico de Sua Narrativa, Enfatizando-Lhe a Fragmentação, a Contaminação do Romanesco Com o Lírico e o Abrandamento Das Linhas Descritivas e Representacionais, Recursos Menos Acentuados em Outras de Suas Obras, Anteriores e Posteriores. A Trama do Livro é Tênue, o Que Faz Dele Um Romance Sem Romance . Um Eu, Declinado no Feminino, Escreve a um tu, no Masculino, Expondo Suas Ânsias e Procuras, Num Discurso de Fluidez Ininterrupta Entre o Delírio, a Confissão e a Sedução: Para te Escrever Eu Antes me Perfumo Toda. Eu te Conheço Todo Por te Viver Toda. o Eu e o tu de Água Viva Ganham Dimensões Permutáveis de Significação, Integrando-Se Com o Não Humano: A Natureza, as Palavras, os Animais, a Coisa ou o It . A Linguagem se Espessa Numa Densa Selva de Palavras e a Obra Descortina Voraz Processo de Correspondências Que Interconectam Vida, Paixão e Violência. Obsessivamente, a Protagonista de Água Viva Busca Surpreender as Intrincadas Relações Entre o Instante Fugidio e Sua Inscrição no Espaço. Sem Nome, Escondida Sob o Pronome Eu, a Personagem Procura Entender o Significado da Solidão e o de Seu Estar no Mundo, no Desencadear Dos Instantes Que Prefiguram um Presente Contínuo Onde os Limites Cada Vez Mais Esgarçados Entre o Que é Interior e Exterior à Personagem Desaparecem.