Meu passado me perdoa

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Recife, Colégio Americano Batista, 1957. A cena abre estas memórias de Aguinaldo Silva: é a eleição da Rainha da Primavera, quando os alunos votam a mais bela estudante. Esse ano, porém, a galhofa reina. Um a um os votos são apurados e não é uma garota a levar o prêmio. Quem "vence" o certame é um garoto de apenas treze anos, um dos alunos mais humildes da escola, que se torna objeto de chacota dos colegas. Pior ainda: perseguido e acuado no banheiro, onde apanha e sofre todo tipo de agressões, é resgatado por um pastor da instituição. Ao fugir para uma praça, é abordado por um desconhecido que promete consolá-lo daquele tumulto. O consolo infelizmente é outro. E faz com que aquele menino precise calar todas as humilhações experimentadas, sem poder dividir sua dor e vergonha com mais ninguém. Pois, se lhe perguntassem o motivo de tantas aflições, ele teria que responder: "Porque sou pobre, feio, esquisito e efeminado!". Com a petulância benfazeja de quem traça o próprio caminho, Aguinaldo mergulha nas letras, tornando-se repórter policial, escritor precoce, editor de um pioneiro jornal gay — o Lampião da Esquina — e o novelista consagrado responsável por obras televisivas que fazem parte do imaginário de todos os brasileiros, como Roque Santeiro, Fera Ferida e Senhora do Destino. Da airosa cena gay no Recife dos anos 1960 aos inferninhos da Lapa carioca, das redações de jornal aos estúdios de televisão, estas memórias revisitam a vida de um dos grandes contadores de histórias surgidos no Brasil.