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Eu Escrevo Como se Fosse Para Salvar a Vida de Alguém. Provavelmente a Minha Própria Vida. Com Essas Palavras, Clarice Lispector Convida o Leitor Para Uma Viagem Única. Um Sopro de Vida e a Hora da Estrela Foram Escritos Simultaneamente, Movidos Pela Mesma Pergunta. Estou Com a Impressão de Que Ando me Imitando um Pouco. O Pior Plágio é o Que se Faz de si Mesmo. Questionamento Agravado Pela Constatação: E há Também os Meus Imitadores (…) Algumas Pessoas Que Tiveram o Mau Gosto de Serem Eu. Entre Elas, os Críticos São os Que Com Maior Impertinência e Constância Tentam Imitá-La, Reduplicando, em Suas Análises, a Ambiguidade Radical Atribuída à Pessoa Clarice Lispector. Com Isso, Seus Livros se Transformam Sempre Num Mergulho no Infinito de Uma Identidade à Deriva. Um Sopro de Vida (E a Hora da Estrela) Deveria(M) Ter Encerrado Essa Monótona Romaria. Por Que Não Imaginar Que a Pessoa Clarice Foi Pretexto Para Que a Persona da Escritora, em Sua Pluralidade, Pudesse Triunfar? Hipótese Que Responde à Convocação: se Alguém me Ler Será Por Conta Própria e Autorrisco. e, Correndo Riscos, um Sopro de Vida Sugere Instigante Paralelo. Em 1914, Miguel de Unamuno Publicou Niebla, Desconcertante Romance no Qual o Protagonista, Augusto Pérez, Resolve Virar Autor de Seu Destino. Em um Sopro de Vida, Clarice Imagina Uma Personagem, Ângela Pralini, Através da Qual Dialoga Consigo Mesma e, Sobretudo, Ensaia Afastar-Se de Seu Estilo.